Quando iniciei esta série de artigos, tinha como desafio responder de forma muito simples às questões que se colocam hoje aos empresários e a profissionais, consigo relacionados perante a nova realidade que a todos preocupa e implica e a que vulgarmente alguém apelidou de industria 4.0. Que competências desenvolver, que requalificações são necessárias, que áreas de conhecimento nos faltam?

A gestão, nomeadamente a financeira, a económica, a de pessoas, a das vendas, a fiscal, a administrativa, a patrimonial e a estratégica, entre outras, vão mudar?

Concluo com o texto de hoje a série de nove artigos que iniciei há um ano e meio, dedicados à industria 4.0.

Ao longo desta maratona, foi minha intenção partilhar com os leitores os conhecimentos e a experiência que fui adquirindo sobre a digitalização das empresas, conhecimento esse, que me empenhei em adquirir por me aperceber da importância que tem para todos nós empresários, uma rápida implementação de processos e de sistemas que no permitam competir, na era digital em igualdade de circunstâncias com os nossos concorrentes mais ágeis.

Por acreditar, que a curto prazo a atividade das empresas, mesmo as mais tradicionais como a que dirijo, será suportada no “ciberespaço” e na automatização dos processos produtivos no seu limite máximo, com “produção zero-defeitos” e respondendo a pedidos customizados.

Consciente, que tal exigirá uma gestão integrada de informação fidedigna digitalizada, acessível e disponível, na justa medida, para todos os stakeholders da organização, condição que, por sua vez, exigirá um ambiente de confiança e de segurança informática irrepreensíveis.

Consciente, de que a fábrica do futuro, será repleta de sensores e de monitorização e comunicará e operará de forma automática entre softwares e sistemas computacionais e que brevemente usará a inteligência artificial, como ferramenta de gestão integral de máquinas e processos, permitindo responder às novas funções digitais e de comunicação dos produtos (“a Internet das Coisas”).

Acreditando, em tudo o que atrás referi, tenho vindo, dentro da minha própria empresa, a preparar o caminho para a sua digitalização.

A massificação dos processos informáticos a que as empresas da 4.0 estão sujeitas, mexem com toda a estrutura de gestão tradicional instalada, obrigando a organização a mudar profundamente hábitos e em muitos casos, a sua própria cultura, daí  incluir nas minhas partilhas, reflexões e sugestões  a relação entre temas tão diversos, como o desenvolvimento de novas competências, a requalificação, a formação contínua, a gestão de mudança, a gestão comercial, a gestão de qualidade e a gestão integrada da informação, com vista à implementação de um business intelligence, que serve para gerir com eficácia, todo o manancial de informação gerado internamente e promover a sua ligação com a informação externa que os mercados vão proporcionando.

Por fim, a gestão racional, disciplina sobre a qual fizemos formação na empresa, ajudou-nos a aprender a decidir, de forma mais adequada fazendo uso do pensamento critico. Na minha perspetiva, trata-se de uma competência absolutamente necessária e transversal que ajuda muito, os decisores na análise crítica da informação proporcionada pelo sistema, podendo assim tomar decisões proficientes.

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