Perceber a importância da responsabilidade e do planeamento nas organizações e, praticá-las de forma emprenhada e permanente, não é fator suficiente para se atingir o sucesso.

À velocidade a que o mundo hoje muda, só é possível atingir o sucesso praticando de forma sistemática o trabalho de equipa. Trabalhar em equipa é, frequentemente, confundido com: “ trabalhar em conjunto”, “trabalhar com outros”, “prazer em estar no mesmo espaço com outros”, ”ser empático com aqueles que trabalham comigo”, “ter uma boa e sã convivência”, “não discutir muito para não me aborrecer”, “discutir muito, porque da discussão nasce a luz”, “fazer valer a minha opinião, porque isso me dá prazer”, “não dar a minha opinião, para não fazer inimigos”, “compartir as tarefas operacionais”…

Todas estas definições são parcialmente válidas. Umas mais próximas da realidade que outras; no entanto, somente definem parte daquilo que é de facto o trabalho de equipa.

Como já referi anteriormente, o homem decidiu viver em comunidade para repartir responsabilidades. Sendo a responsabilidade uma atitude individual, é, exatamente, o trabalho de equipa a forma mais eficaz de exponenciar o resultado das ações que resultam de planos de trabalho, que derivam de objetivos definidos, discutidos e acordados pela equipa.

A probabilidade de sucesso na concretização dos objetivos que emanam do grupo é exponenciada, quando comparada com aquela que é obtida na concretização de objetivos e planos individuais.

O trabalho de equipa é, portanto, na minha opinião, a única forma que as pessoas, as organizações, os países e o mundo têm para gerar sustentabilidade e seguir evoluindo de forma equilibrada, segura e geradora de valor.

Trabalhar em equipa, liderar, moderar, participar, colaborar, gerar consenso, assumir responsabilidade, obter consenso na diversidade das opiniões e nas diferentes formas de abordagem do problema obriga os seus elementos constituintes a terem presente vários fatores dinamizadores e geradores de equilíbrio.

Esta complexa temática, que abordarei a partir de agora e em alguns dos meus próximos artigos, tem toda a conveniência em ser objeto de profunda e dinâmica reflexão. Nas minhas relações laborais com outros países, noto que a objetividade, o pragmatismo, a disciplina e o estabelecimento de fronteiras claras entre a relação pessoal e laboral, em países como a Alemanha, os EUA, etc., produzem, inquestionavelmente, mais valor e maior sustentabilidade nas organizações.

A subjetividade, a confusão, o porreirismo, a irresponsabilidade e a falta de ética são, por outro lado, atitudes que levaram a europa do sul a encontrar-se na situação dramática em que está, encontrando-se, atualmente, a lutar desesperadamente contra a corrupção, o caos e a desordem, num momento em que deveria estar focada na geração de valor sustentável.

Nos meus próximos artigos escreverei sobre trabalho de equipa em ambiente laboral e os correspondentes fatores críticos de sucesso.

Até lá!

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